Amar é ser Livre!
“Um
sentimento puro que invade o coração e transforma a vida. Não
aceita controle, não mede esforços e é incondicional. Cura
doenças, perdoa, lava a alma! Faz ver as estrelas
em
plena luz do dia... Invade os nossos pensamentos e é pura luz! Se
nos fixarmos no momento presente, no "aqui e agora",
podemos captar a beleza da existência divina na vida
diária.
Perceber as "nuances", com a intuição dando toques subtis
do que a nossa essência pede. Não o ego, aquela parte nossa que
clama por aplausos, status e bens materiais.
Mesmo
porque não levaremos nada daqui, só o nosso autoconhecimento.
Descobrir o caminho do meio, alcançando o equilíbrio e bem-estar.
Despertar a voz interior. Tudo
isto
exige coragem para enfrentar mudanças. Encarar a vida de frente, sem
entrar em atalhos. Sem preconceitos e julgamentos. Se seguirmos a voz
do coração, a Lei da
Sincronicidade
invade a alma. Faz aparecer a pessoa com a informação que
precisamos, no momento certo e no local exato. Sermos coerentes com o
nosso eu interior exige sinceridade.
Se
doenças ou adversidades aparecem a todo momento, isto significa que
não estamos seguindo o fluxo do destino. Sentimentos que não têm
explicação, não adianta forçarmos
a barra. Por exemplo: se é apenas amizade, podemos até tapar o sol
com a peneira, nos enganarmos durante um certo tempo, mas não vira
amor... No amor não há cobranças,
a confiança é total. Ninguém é dono de ninguém! Ciúmes,
dependência, mentiras, necessidade de um terceiro(a) indicam que o
relacionamento está frágil.
Sofrimentos,
inseguranças não fazem parte desta história. Vinganças não levam
à nada. Tudo são experiências e vivências... Quanto mais amor
incondicional você distribuir, pela
Lei da Acção e Reacção, mais você recebe! Faça as coisas sem
segundas intenções, só pela generosidade da alma. Veja o lado
positivo das coisas. Absorva estes conceitos de coração
e não da boca para fora. Tenha gratidão por tudo de bom que a vida
proporciona a você! A vida é maravilhosa sob todos os aspectos.
Dizem que nada é por acaso, e nada acontece
sem que tenhamos a capacidade de resolver! Tudo já foi combinado no
astral e vale a pena curtir intensamente as mudanças. É na crise,
no caos, que vem a transformação...
Para que possamos crescer como seres humanos e valorizar cada vez
mais o Amor...” - Mon Liu
Este
é um texto, que nos elucida, de forma simples, o que é viver o AMOR
no nosso dia-a-dia.
Aprender
a viver o AMOR, desta forma, é uma aprendizagem possível, apesar de
escutarmos que não é possível “controlar” o que se sente.
Efectivamente, não se controla, e nem
tem de se controlar o que se sente. As nossas emoções gerem-se:
esse é o segredo.
Antes
de falar sobre a gestão das emoções, vou debruçar-me, um pouco,
sobre os conceitos subjacentes no texto.
Geralmente,
usa-se a palavra Amor quando nos queremos referir a um sentimento,
que nutrimos por outro, em diferentes relações. No entanto, a
autora quer referir algo, que
ultrapassa
um “simples sentimento”. Neste momento, não me expandirei, e
refiro-me somente ao conceito de AMOR – a aceitação incondicional
de nós próprios e do outro;
aprendizagem
principal da vinda do ser humano ao planeta Terra.
Os
seres humanos tendem a identificar o que sentem, pela sua
intensidade, como um amor para ser vivido a dois de forma amorosa,
direi assim; na maior parte das vezes esquecendo,
amiúde, outras variáveis tais como a carência, uma vida passada,
as suas necessidades (aquilo em que acreditam que precisam), a
amizade.
No
entanto, retornemos ao Amor...
Partindo
do pressuposto que Amor é a aceitação incondicional, a necessidade
de mencionar – amor incondicional – surge de que forma? Ora, se
está subjacente ao conceito que
é incondicional, não é relevante referi-lo.
Da
mesma forma, surge a questão: existe amor condicional? Não?! Então,
qual a razão de amor incondicional?
Ora,
aprendemos que as palavras têm força e poder, e que também é
importante sermos claros no que transmitimos... Estamos a ser claros,
principalmente para nós, quando
dizemos amor incondicional? Achamos que estamos a “ser bonitos”
no que dizemos ao outro, e acreditamos que assim recebemos o amor,
que tanto acreditamos precisar.
Questão:
quando dizemos a alguém: amo-te, temos a certeza do que afirmamos?
Acreditamos que sim. Acreditamos que o fazemos sentir bem, e também
nos sentimos.
Amar
é aceitar o outro sem condições? Surgem muitas dúvidas, quando
esta questão é levantada. Seja em que relação fôr, os seres
humanos ainda, têm muita dificuldade em aceitar
o outro, exactamente como ele é. Existe sempre uma vontade de mudar
algumas características. Acreditar que o outro (ou em nós mesmos)
pode transformar-se num ser
melhor
é uma escolha e decisão próprias.
Ora,
quando acreditamos que uma relação seria melhor se o outro
mudasse... Aprendemos que resulta, geralmente, em discordância e
desequilíbrio. Com certeza que o outro
também, deseja que mudemos algumas características em nós mesmos.
Fazêmo-lo?
É
comum exigir do outro o que não fazemos connosco – “faz o que
digo, não faças o que eu faço”. É incoerente, um facto! É um
comportamento adquirido, que nos é transmitido
desde
a nascença.
Ora,
aceitar o outro ou a nós mesmos, é uma aprendizagem.
Outra questão,
que costumam levantar, é: aceitar incondicionalmente, é aceitar
tudo no outro?
Usualmente, confunde-se
aceitar com concordar. Aceitar sem condições é isso mesmo:
aceitar. Aceitar o outro é permitir, que ele seja quem é; aprender
a amar o outro é isso mesmo.
Se constatamos, que o outro tem demasiadas características não
agradáveis, podemos parar e perguntarmo-nos: queremos acreditar que
o amamos? Ou amamos mesmo?
O que foi que nos seduziu no outro? O que nos agradou? Que afinidades
temos em comum?
Através
desta reflexão – ser assertivo – podemos aprender a amarmo-nos,
e por conseguinte a amar o outro. Provavelmente, o que nos atraiu foi
algo muito físico> uma amizade
com rosto de paixão? Acreditamos amar e o tipo de relação que
escolhemos viver, ser a via menos gratificante> por que é que nos
parece um “amor”? Podemos descobrir, que é uma relação
para
ser vivida como uma amizade, ou nem isso.
Voltando
um pouco atrás, quando se refere, que é um amor incondicional>esta
necessidade, baseia-se no facto de as pessoas “amarem”
condicionalmente, e têm de dizer a si
mesmas que é incondicional. Assim, como se parte do pressuposto que
“amor de mãe” é incondicional. Perdoem-me, por contradizer, no
entanto, os factos revelam, que maioritariamente
não é vivido dessa forma. As mães são muito possessivas. Por ex.:
no Amor existe possessividade?
Possessividade está abraçado a
egoísmo. Ora, é uma combinação
pouco expressiva de Amor. Amor é uma troca, que se aprende a viver. Habitualmente,
espera-se algo do outro. Outra variável, característica da forma
como é vivida a relação: com expectativas (porque se foi habituado
a viver com elas, acreditando
que sem elas não é possível viver; à frente falaremos desta
variável). Quando se espera algo, a troca dilui-se transformando-se
numa expectativa. Como é viver
uma troca? Uma troca é a vivência de dar e receber. Permitir ao
outro de dar, é receber; receber e dar, sem expectativa e sem
condição, acaba por ser o mesmo. Como?
Receber
é a permissão, que damos ao outro de dar, constituindo uma
demonstração de dar da nossa parte.
Dar
e receber, quando feito com respeito é viver o Amor; se o egoísmo é
a veste que cobre o nosso comportamento, é provável que o
sentimento seja outro, logo os frutos serão diferentes
do que se espera.
“Um
sentimento puro que invade o coração e transforma a vida” - o que
significa?
Sentimento
puro... As pessoas são ensinadas, desde tenra idade, que existe o
puro e impuro = bom e mau.
Um
novo paradigma tem sido transmitido nos últimos anos: a de que a
nossa caminhada tem um rosto diferente, o de não ser vivida,
constantemente, entre o bem e o mal, o certo e errado; a nova
perspectiva reside na descoberta da aprendizagem, na
construção da Verdade individual, a que nos guia e faz sentido. O
que temos a aprender de modo a evoluir. A aventura nos desafios (em
vez de problemas), que são os obstáculos, adversidades. Encará-los
com este rosto, transforma a nossa emoção perante os mesmos, vivendo-os
com entrega, alegria e vontade de aprender. Contrastando com a forma
habitual de pesar, desamor, desgraça, culpa ou mesmo azar...
Ana Guerra
(escrita sem acordo ortográfico)
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