A
zona de conforto é aquela “zona” em que o hábito comanda o
comportamento (acções, pensamentos, atitudes, comportamentos), em
que se está habituado a fazer tudo o que não transmite medo,
ansiedade ou risco. Esse desempenho constante transmite uma sensação
de segurança que ajuda a pessoa a sentir-se confortável, tranquila
e descontraída.
O
ser humano necessita de se sentir seguro durante toda a sua caminhada
– vida. Logo, é relevante que sinta ter a certeza das coisas, de
como as obter de forma fácil, sem transtorno, sofrimento, e sem um
grande esforço mental para tomar decisões que fazem parte do
dia-a-dia. O ser humano é um ser de hábitos, desde que nascemos que
isso faz parte da nossa aprendizagem, e o hábito é um padrão
mental e comportamento que é construído pela repetição.
No
entanto, apesar do hábito ser importante no crescimento, ter
consciência de que nem todos os hábitos que se adquirem são
saudáveis é determinante que se saiba distinguir um hábito de uma
rotina, e de um vício, uma vez que todos são comportamentos
automáticos.
O
que os distingue? A forma como funcionam. Partimos do conceito de
hábito, que é um comportamento automático. Lavar os dentes todos
os dias, colocar o lixo num caixote, ser disciplinado, organizado são
exemplos de hábitos salutares na medida em que são comportamento
que fazemos todos os dias sem que tenhamos um conforto excessivo,
direi assim. Obtemos resultados positivos com esses hábitos.
Uma
rotina poderá ser um hábito que traz um prazer tal que o cérebro
começa a produzir determinados neuro-transmissores que fazem sentir
uma comodidade tão prazenteira que se receie perder essa sensação.
A rotina instala-se com uma força maior do que um simples hábito.
Exemplo: um casal deixa de namorar porque a segurança do outro, o
trabalho, os filhos, etc começam a ter mais importância e faz-se o
mesmo todos os dias e esquece-se de si próprio e de que a relação
precisa de outros estímulos. Estar tão habituado a ver televisão
que se esquece de passear.
O
vício é um hábito que tem características mais específicas, na
medida em que o prazer que se sente é de tal forma forte que
queremos sentir cada vez mais. E, o hábito acaba por se transformar
numa dependência.
Sabemos
que o conceito de procrastinação está directamente relacionado com
a zona de conforto, uma vez que se adia o que se sabe, e desejamos
fazer. O tentar está relacionado com o acreditar que se está a
fazer algo para mudar.
Quando
se aprende a ser empreendedor temos acesso a várias ferramentas que
ajudam na libertação da zona de conforto:
-
ser disciplinado: ter consciência das prioridades e como as gerir;
-
ser organizado: saber quem somos , conhecer as nossas capacidades e
limitações, e arrumar de forma prática;
-
descobrir como se gerem os medos: identificar que medos existem e que
estratégias adaptar para a diluição dos mesmos;
-
criar o hábito de momentos de relaxamento/meditação: estipular um
período diário para estar consigo próprio/a;
-
aprender a focar: neste processo adquire-se facilidade em
concentrar-se e também a deixar de se preocupar;
-
desenvolver a auto-estima: descobrir que ela existe por e para nós,
e deixou de ser promovida em função do outro (do que o outro julga
ou tem ideia, ou acha que é melhor para nós);
-
identificar o que desejamos transformar em nós: neste processo
descobrimos o que não é mais útil e ao identificar novos
comportamentos, novos objectivos, vive-se a aventura de novos
horizontes, como novas ferramentas, paradigmas;
-
escolher aprender algo novo e diferente: encoraja-se a determinação
do que se é, pelo facto de se ter consciente as capacidades e
talentos que nos levam a resultados eficazes;
-
escolher mantras/afirmações: no processo de mudança, descobre-se
que determinadas crenças não são mais frutíferas e por
conseguinte, adquirir novas é conclusivo de novos resultados;
-
ser-se tolerante: estar numa zona de conforto é um extremo e ser-se
perfeccionista é outro; ambos são estéreis, logo é essencial
ser-se tolerante consigo mesmo/a;
-
sonhos e “ícones”: ter consciência do que é um sonho (algo
para se realizar) e um “ícone”: a tentativa de se ter um sonho.
Outras
ferramentas que pode escolher adoptar:
-
fazer algo diferente do que os outros fazem, viver algo que nunca se
permitiu experimentar;
-
descobrir novos paradigmas: por exemplo nem tudo é bom e/ou mau;
-
o que resulta comigo, pode não resultar com o outro: a minha zona de
conforto pode não ser igual ao do outro;
-
viver o presente;
-
errar/falhar não é negativo, é aprender.
“Sair
da sua zona de conforto é dar a si mesmo a oportunidade de crescer,
aprender e expandir o seu reportório profissional e pessoal” -
Andy Molinsky
Com
certeza que cada um encontrará variáveis diferentes do outro no que
diz respeito à sua zona de conforto e será natural que as
ferramentas podem ter uso de forma diferenciada.
O
primeiro passo é conhecer-se bem, aceitar-se e depois começar a
viver o que quer para si. Sem estes ingredientes, avançar será mais
árduo. Com certeza que é possível. Todos os caminhos são
possíveis e nada acontece sem uma determinada funcionalidade.
Descobrir
o que são as lições de vida em que se pode trabalhar, contribui
para deixarmos de viver numa zona de conforto estéril. A meditação
pode significar uma zona de conforto que não quero deixar de viver,
porque me traz, exactamente isso: conforto e tranquilidade!
Ana
Guerra
(escrita
sem Acordo Ortográfico)
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