Hoje
em dia, constato que muitas pessoas procuram ajuda para
encontrarem ferramentas que as ajude a mudar o seu estado; umas por
que se sentem deprimidas, outras por terem compreendido que a forma
como vivem, lhes traz insatisfação; outras ainda, desejam alcançar
objectivos que surgem como arduamente desafiantes.
Poderia
ficar a enumerar mais motivos, todavia, chegamos à mesma meta:
almejam uma melhor qualidade de vida, cujos paradigmas mudaram.
Existe
uma panóplia de meios, estratagemas, ferramentas cuja função é
fornecer a realização desses desejos. A minha experiência tem
mostrado que as intenções são múltiplas, e os factos são outros.
Há
quem procure a solução rápida e com menor esforço, o que acaba
por evidenciar a falácia da vontade. O trabalho necessário vem da
própria pessoa e jamais do exterior da mesma. Todos os que escolhem
esta configuração ou se sentem frustrados ou vivem o mesmo registo
de conduta. Alguns efectivamente, começam a viver novos caminhos, no
entanto, quando os hábitos antigos ainda se manifestam, muitas
vezes, desistem e deixam de acreditar que é possível, o que revela
a pouca auto-estima.
Alguém
disse: “Sê como o sol: levanta-te, brilha e ilumina o mundo”.
Este mantra revela uma capacidade dos que caem e pelo facto de
acreditarem em si mesmos, voltam a caminhar e todo o esforço
empregue resulta nos sonhos que construiram. Vencem os desafios.
Esta
capacidade encontramo-la na natureza, e que a física explica: a
resiliência. A capacidade de um objecto recuperar a sua forma
original, após ter sofrido um choque ou deformação. Alguns seres
humanos apresentam este comportamento de modo natural e espontâneo;
outros desenvolvem-no. A História humana conta milhares de
testemunhos pela demonstração factual de vidas triunfantes.
O
sol dá-nos um exemplo espectacular de como podemos atingir o que nos
propomos. Como? Quando o observamos, concluímos que ele vive a sua
vida e a de mais ninguém. Vive mediante as leis universais,
cósmicas.
Ainda
não sabemos, muito bem, como é que o ser humano de hoje desenvolveu
todas as capacidades (e as que continua a descobrir) que o têm feito
sentir-se diferente dos outros seres vivos e acaba por se sentir fora
dum ambiente do qual faz parte: a Natureza.
Os
que se evidenciam pela busca do desconhecido – os cientistas –
continuam a descortinar o que é desconhecido. Uma das abordagens
demonstra que a homeostasia tem muito para esclarecer quanto ao
comportamento dos seres vivos (processo de regulação pelo qual um
organismo consegue a constância do seu equilíbrio = homeostase).
As
emoções são um tremendo desafio para esse processo; e, os novos
paradigmas têm surgido pela busca duma harmonia cada vez maior na
gestão das mesmas. A contínua aventura de compreender o
processamento do nosso cérebro tem desvendado maravilhosos sistemas,
funcionalidades.
A
ressonância magnética trouxe-nos muitas informações que nos levam
a mais pesquisas e a conclusões mutáveis que nos auxiliam a
encontrar caminhos antes desconhecidos.
O
que ganhamos com estas aventuras? Todo o desenvolvimento do
auto-conhecimento possui cada vez mais instrumentos que faz o ser
humano sentir-se mais equilibrado, harmonioso e na plenitude das suas
capacidades.
O
auto-desenvolvimento traduz-se no crescimento, amadurecimento da
inteligência emocional, que passou a ser considerado como o fulcral
segredo para sermos mais felizes: amarmos e sermos amados.
Este
é um trabalho contínuo e em movimento, árduo. Requer muita
disciplina, entrega, e um compromisso consigo próprio. Sem
responsabilidade, empenho e confiança, os resultados são,
habitualmente, frágeis, desmoronando-se com um sopro.
Pelo
facto de ter características essenciais para um resultado
satisfatório, a aprendizagem de nos focarmos, é fundamental.
Reunindo a minha vontade, vestindo a disciplina, alimentando-me de
todas as vitaminas, sabendo qual o meu foco, a minha caminhada,
torna-se mais confiante, motivadora.
Como
é que começa?
Hoje,
decido pegar na minha história e viver a minha vida. Usar as
experiências vividas para lhes perguntar o que posso extrair delas,
e passar a usar isso em meu benefício. Continuo a usar essa atitude,
no presente, perguntando-me: o que posso aprender com o que estou a
viver, o que acabou de acontecer.
Reúno
todas as ferramentas que preciso para construir os meus sonhos, e
começo a criar os tijolos, a consolidá-los. Sim, sei que é árduo,
contudo a alegria que sinto é impulsionadora e gera mais energia da
qual me alimento para viver com coragem. Escolho conhecer-me,
aceitar-me e definir o que quero. Estes degraus são a escada para
alcançar o que acredito que faz parte de mim.
Como
posso viver sem continuar a regar a minha auto-consciência e isso
desenvolver o meu crescimento?
Quero
continuar a descascar aquilo que me impede de caminhar com alegria e
amor.
Eu
acredito em mim, no sol que faz brilhar as minhas pisadas.
Ana
Guerra
escrita
sem acordo ortográfico
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