Prosperidade e Espiritualidade estão muito mais ligadas do que as pessoas pensam...
Prosperidade
refere o estado, qualidade de próspero; ventura, êxito, fartura,
riqueza.
Todos
nós desejamos, e queremos, que exista na nossa vida.
Queremos
que o bolo que fazemos, fique saboroso; que o vestido da filhota
fique perfeito; que a pintura da sala fique certa em todos os cantos;
que o trabalho da faculdade seja valorizado; tantas situações e
sonhos que podemos referir.
Começamos
de pequenos a escutar que devemos fazer o melhor… Muitas vezes,
crescemos com um valor que ao associar-se às nossas características
e outros valores, acaba por ser distorcido e tornamo-nos
perfeccionistas, ou inseguros.
Nos
dias de hoje, os paradigmas estão a mudar e descobrimos que manter
alguns valores, atitudes é muito vantajoso, e por outro lado, há
alguns menos eficazes, e torna-se evidente que nos bloqueiam.
Se
nos imaginarmos qual folha que segue o fluxo de um rio, avistamos com
maior facilidade o que significa fluir. Fluir e deixar andar, não
são sinónimos. No primeiro, somos pró-activos, no segundo
encontramo-nos na zona de conforto.
O
conceito de ego, hoje em dia, representa a nossa auto-estima e
nalgumas teorias espiritualistas o nosso eu terreno, diremos assim,
dando uma conotação menos positiva. Freud criou o conceito de
“ego”, sendo como o mediador entre o “id” e o mundo externo,
a racionalidade. O conceito de egoísta acabou por ficar agregado e
muitas vezes, associa-se ego a essa imagem.
Ora,
vamos olhar para o seu lado positivo – auto-estima – e ele é
crucial quando pensamos em prosperidade.
Numa
perspectiva holística, integrar a nossa espiritualidade para
atingirmos o que ambicionamos, é viver com todas as nossas
capacidades que somos.
“Espiritualidade
vem do latim “spiritus”, que significa respiração ou sopro. Diz
o Dicionário Michaelis, Espírito é o “Princípio animador ou
vital que dá vida aos organismos físicos”…“a
espiritualidade é a busca de respostas sobre os mistérios da Vida e
do Cosmos por quem não as encontra no mundo material...
“
(http://lifestyle.sapo.pt/astral/espiritualidade/artigos/a-espiritualidade-e-a-pseudo-espiritualidade).
Ora,
a prosperidade, a maior parte das vezes está associada a um mundo
material, ao invés de que o ser-se espiritual insere-se noutro
ambiente.
Como
conciliar este equilíbrio?
Como
empreendedor/a encontras estratégias/comportamentos/hábitos que são
conhecidos como eficazes, e são empregues em qualquer área da tua
vida.
Disciplina,
confiança, perseverança, gratidão, foco, curiosidade, equilíbrio,
flexibilidade, visão > algumas das características a
desenvolver-se como empreendedor e ser espiritual.
Após
conhecermo-nos com verdade e aceitarmo-nos, a busca de sermos
melhores seres passa por nos focarmos em nós.
Partilhando
a minha experiência, torna-se mais fácil a visualização de um
processo que pode ter similaridades com o teu percurso.
A
busca de me conhecer, e compreender, começou desde a adolescência,
com uma tremenda sede de aprender, apreender os mais variados
processos e fenómenos comportamentais, recolher informação. Cresci
num ambiente em que ler, aprender, trocar ideias, questionar, ter
tido exemplos de regras sociais não-convencionais, despertou em mim
desde muito cedo, o hábito de pensar por mim, não ser dogmática,
ser livre.
A
par disso, existiu o processo de crescer como ser espiritual, diremos
assim. Também essa caminhada teve características muito próprias e
hoje acredito que,cada vez mais, que é um processo em movimento, em
constante crescimento.
Uma
das questões que se me apresentava era: como empregar as capacidades
em meu próprio benefício. Foram lições atrás umas das outras,
até hoje.
Fui
descobrindo que algum do meu insucesso estava relacionado com as
crenças inconscientes que estavam guardadas.
Alguns
livros ajudaram-me a descortinar perguntas que nunca tinha colocado,
tais como: a forma como os nossos pais vivem e gerem o dinheiro, e
episódios que vivemos directamente ou observámos, podem contribuir
para a forma como está bloqueado em nós um processo de
prosperidade.
Observando-me
e a outras pessoas, descobri que a culpa, a desvalorização, o não
acreditar que podemos ter o que desejamos, as expectativas, os
hábitos e atitudes enraizados, são verdadeiros obstáculos para que
a nossa energia esteja em equilíbrio e por consequência em harmonia
com o Universo.
Passo-a-passo
foram-se diluindo algumas “rochas”, e até há bem pouco tempo
vivi um episódio que senti ter sido crucial nesse desmantelar de
“chips” de modo a atingir uma tranquilidade e confiança maiores.
O
que aconteceu?
Uma
pessoa amiga fez um exercício comigo, que admito o meu inconsciente
aceitou fazer com alguma relutância. A união de estar consciente e
a persistência da outra pessoas foi mais forte e venceu.
Em
que consistia esse exercício de modo a trabalhar a prosperidade?
Tendo as minhas mãos juntas de palma para cima, e olhando nos olhos
da outra pessoa, e havendo um conjunto de notas, fui repetindo as
frases que a outra pessoa dizia, à medida que me colocava as notas
nas mãos: “Eu, este mês, recebo 100 euros, 200 euros, 300 euros,
400 euros, 500 euros, 600 euros, 700 euros por ajudar outras
pessoas”.
Cada
nota que entrava nas minhas mãos,ia repetindo. Iria dizer 10 vezes,
como 10 meses do ano. O que sucedeu? Ao terminar o segundo mês,
repliquei: que já tinha sido muito. A dificuldade de sentir o
dinheiro como meu (uma vez que não era)e achar sem essa entrega
total, não valeria a pena. A pessoa insistiu, argumentando que eu
estava a fugir, a bloquear-me. Continuei… No final do 4ª e durante
o 5ª mês as lágrimas começaram a rolar, uma vez que tinha um
enorme nó na garganta. Reconheci esse sinal, que em mim, significa
uma dificuldade emocional. Permiti-me vivenciar esse momento. Nos
meses a seguir, já conseguia dizer a frase sem dificuldade. No final
de cada mês acrescentava esse valor ao que já havia acumulado. O
11º mês a frase adequava-se a férias e o 12º mês ao natal. No
final, deparei-me com uma surpresa: ao entregar o dinheiro, escutei
um pensamento: vou emprestar-lhe este dinheiro. Fiquei mesmo admirada
por sentir aquela energia. Era o sinal de que algo tinha sido
diluído.
Fiquei
muito feliz e agradecida por aquele momento, pela insistência, e a
alegria marcou o dia e a nova etapa na minha vida. Senti-me um ser
humano mais tranquilo e mais perto do meu Eu.
Ana
Guerra
(escrita
sem acordo ortográfico)
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