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segunda-feira, 17 de julho de 2017

O que é espiritualidade e ser espiritualista?


Espiritualidade é a qualidade do que é espiritual ou místico.

Espiritualismo é uma doutrina filosófica que admite a existência de duas substâncias radicalmente distintas: o espírito e a matéria, reconhece a imortalidade da alma e funda as suas afirmações doutrinárias na existência de Deus (José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa).

Misticismo é a doutrina da apreensão do supra-sensível, do divino por revelação interior. Toda a crença religiosa ou filosófica que admite comunicações ocultas entre os homens e a divindade. Disposição para acreditar no sobrenatural. Doutrina filosófica ou crença religiosa que substitui o sentimento pela razão como faculdade de conhecer. O lado misterioso de qualquer doutrina. (José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa).
Espírito vem do latim “spiritus”, que significa respiração ou sopro; coisa incorpórea que anima um ser vivo.


Por que coloquei uma breve explicação do significado? Nos dias de hoje, as pessoas incorrem na falácia de usar as palavras nem sempre da forma mais correcta e acrescentam os significados que entendem. Com certeza, que somos livres de usar as ferramentas como escolhemos, apesar de se correr o risco de se transmitirem conceitos falaciosos.

Temos tantas crenças nos nossos subconsciente e inconsciente, que é desnecessário acrescentar mais. Chegam a mim, muitas pessoas confusas com conceitos e informação, que lhes é transmitida sem as esclarecerem, e as próprias recebem sem questionar. Por esse motivo, o significado irá encaminhar-nos a uma melhor compreensão do que tanto se fala hoje.

Uma doutrina refere os princípios que determinam uma crença, um sistema ou uma ciência. Partindo deste pressuposto, quando alguém se intitula espiritualista, significa que o seu comportamento é regido por princípios que escolheu para utilizar na sua caminhada, na sua vida. Pode ter escolhido algo que outros compilaram, ou criou a sua própria, é o que, hoje em dia, geralmente é designado pela sua Verdade.

A maior parte dos seres humanos foi ensinado que existe uma Verdade (a religiosa) ou que a ciência também tinha verdades imutáveis. Esses paradigmas deixaram de existir a partir do momento, que se passou a ter acesso a outras Verdades, outra forma de conceber o mundo. As verdades científicas mudam (ou crescem) à medida que a descoberta é feita e as hipóteses são confirmadas, quando se observam dados que se repetem e nos fazem chegar a uma conclusão (método científico).

A partir do momento que todos os seres que concordam que existe um espírito que se opõe ou complementa uma matéria, são espiritualistas. No entanto, é fundamental que o seu comportamento seja de acordo com a sua doutrina. Se afirma que acredita por que foi ensinado que era assim – dogma – sem no entanto, colocar em prática, será que vive em sintonia com essa mesma doutrina?
Podemos deduzir que um ser espiritualista é alguém que tem como atitude essa doutrina, e por conseguinte, vive nessa frequência. Podemos, então, afirmar que ser-se espiritualista passa por um estado de espírito, uma atitude que determina o comportamento no dia-a-dia.

A filosofia ocidental alimentou durante séculos que na igreja se é religioso, na escola aluno/professor, na sociedade alguém que a mesma aprova segundo normas morais. Ora, bem, também este paradigma mudou; hoje, descobrimos que se não formos íntegros, deixamos de ser quem somos e passamos a ser o que os outros esperam que sejamos.

Sermos quem somos em qualquer espaço, lugar, é-nos mais gratificante. A forma de como viver esta atitude é uma aprendizagem para a maioria dos seres humanos. Muitos perguntam como posso ser eu sem me magoar, sem ser criticado, etc. Ora, bem, a assertividade é uma ferramenta que podemos incluir no nosso crescimento.

Como somos espiritualistas?
Somos espiritualistas quando vivemos de acordo com o que acreditamos, com o que nos faz sentido, sem medos, com verdade e integridade, com amor. Ser espiritualista não está relacionado com o facto de ser aprendido reiki; saber usar um jogo adivinhatório, como Tarôt, runas, pêndulos, cristais, etc; por se ter aprendido qualquer técnica de relaxamento, fazer meditação ou se ter uma alimentação vegetariana, ou porque vamos a workshops ou tantas práticas que estão na moda.

Ser-se espiritualista é uma atitude que se escolhe. Podemos fazer uma analogia: ter dado à luz um ser não é condição sine qua non de se ser mãe. Ser mãe ou pai é muito mais do que quem fez um filho. Ser um ser espiritual é da mesma forma, é algo que se escolhe ser e vive-se em sintonia com essa doutrina.

É importante que tenhamos consciência do que nos faz sentir em harmonia, em equilíbrio, em tranquilidade, com energia e alegria. Por exemplo, quando vivemos como seres espirituais sabemos que estarmos felizes depende somente de nós mesmos; também que somos responsáveis pelas nossas “dores”; que somos o comandante do nosso barco; de que somos o ser que escolhe como vivemos.

Há muitos valores que têm sido transmitidos que estão correctos. Outro paradigma que está a ser ultrapassado, é que a dicotomia certo/errado começa a ter contornos diferentes. O que pode ser certo para um ser pode não ser para outro, logo qual é o correcto? Ambos! Tu podes comer kiwi, eu não. Então, é bom comer kiwis? Claro que sim!

E, quem é espiritualista também é místico? Uma perspectiva não está directamente relacionada com a outra, e podemos ver pelas definições.

Deus existe? O conceito muda segundo cada ser, cada doutrina, que escolhe para viver isso. No entanto, até os que dizem não acreditar em Deus, acreditam em si; ora, segundo um novo paradigma: Deus está em todos os seres, logo aquele que acredita em si e vive dessa forma é coerente com a doutrina espiritualista se se ver como algo mais do que um corpo. Até mesmo os que não acreditam que existe um espírito, podem ser coerentes com um tipo de “espiritualidade” na medida em que acreditam em si mesmos e isso os move, muitas vezes, mais do que aqueles que se dizem espiritualistas e no entanto, não têm auto-estima, são dogmáticos e muitas vezes, infelizes.

São factos com os quais constatamos todos os dias. Como mudar isso?

Podemos começar por aprender a usar a nossa mente, as informações que aceitamos colher e descobrir se nos fazem sentido ou não. A tua espiritualidade começa por seres quem ÉS. Se não sabes quem és, ainda não te aceitas, como podes caminhar com a paz que tanto desejas para ti?


Ana Guerra

(escrita sem acordo ortográfico)

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