Mais um pouco sobre a Terapia My Discovery...
Algumas pessoas falavam da sua participação em momentos zen (workshops, retiros) e/ou tinham lido livros sobre auto-ajuda. Sentiam-se bem naquelas situações, no entanto, continuavam a ter dificuldades em encontrar essa paz, harmonia, no seu dia-a-dia.
Questionei-me quanto a isso: o que poderia contribuir para que isso mudasse? Partilhar o conhecimento que tinha conseguido através de aprendizagens didácticas e empíricas.
A capacidade empática e o facto de ser sensitiva, tem-me ajudado nesse processo. Sei que para a maioria do ser humano, conseguir compreender o que o outro sente, precisa viver o que o outro vivencia. Para os seres empáticos esse processamento é facilitado por conseguir colocar-se no lugar do outro sem se esquecer de si (Carl Rogers). Juntamente com as mensagens que recebo, ajudam-me a compreender como o outro sente.
A psicologia ajuda-me a desvendar os meandros da mente humana (que adoro descascar). Essas ferramentas e todas as que vou conhecendo auxiliam o meu trabalho: dar a mão ao outro. Eu acredito que quando conhecemos os fenómenos, o desconhecido deixa de amedrontar.
Qual a maior alegria que posso sentir? A de ver nascer um sorriso no rosto de alguém que chegou até mim, em sofrimento. Cada vez que isso acontece na minha vida, a energia cresce em mim. A isto, eu designo por AMOR!
Quando eu era adolescente e conversava com o meu diário, partilhava as minhas emoções, recordo-me de ter escrito: Sou filha do amor. Naquela altura, não apreendia bem o significado dessas palavras. Mais tarde, descobri o que isso queria dizer. Como humana posso partilhar que não é fácil viver-se dessa forma, neste planeta, e o segredo de nunca ter desistido de nada em que acredito é algo muito simples: sempre acreditei que não estou sozinha. Não ter medo, e ter, passa por isso mesmo: saber que não estou só.
Não estar só é igual a ser uma "entidade" cósmica. Sei o quanto é duro entrar num corpo e sentir medo, insegurança, apego, culpa, dúvida, solidão, desamor, falta de amor-próprio, ansiedade, e tantas outras emoções. Também sei que quando não estamos nesse corpo muitas necessidades naturalmente humanas deixam de existir.
Este é o desafio: viver como humana.
Ana Guerra
fotografia: ana guerra
música: https://www.youtube.com/watch?v=2bDVtnfz1fs
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