Não
deposite a sua “felicidade” nas mãos dos outros
É-nos
ensinado, desde tenra idade que a felicidade é algo externo a nós.
Que devemos obtê-la para
nos sentirmos amados, por exemplo. Dessa forma, mostram-nos que isso
depende do outro, do que realizamos, do que os outros acham que é
bom para nós, e/ou como foi para eles.
Algum
dia paraste para pensar se o que sabes sobre o que procuras se chama
mesmo felicidade? Ou descobres que é algo que sempre acreditaste que
deverias procurar? E, descobres que isso é árduo e difícil de
encontrar.
Porquê?
É provável que aquilo que acreditaste que seria maravilhoso para
ti, pode não ser, e por esse motivo não o atinges.
Assim,
como a maioria das vezes acreditamos que são momentos fugazes,
intensos, diferentes, maravilhosos…. que não
são para nós.
Algumas
pessoas depositam a sua “felicidade” nas mãos dos outros, e
responsabilizam-os por não o serem. Que é preciso ter dinheiro para
se ser feliz. Que temos de ter um emprego estável, mesmo que não
seja o que nos satisfaz Associamos felicidade a segurança. Outras
vezes, que nunca a teremos porque nada nos satisfaz. Porque não
temos saúde. Porque não temos um marido/namorado que nos
compreende.
Podemos
enumerar muitos motivos para não nos sentirmos felizes.
A
forma, ou paradigma como se usa hoje em dia, de como ver aquilo que
nos pode fazer sentir feliz, está a mudar.
É-nos
mostrado que isso que tanto se procura para atingir uma plenitude,
começa por nós, está dentro de nós.
No
entanto, se continuarmos a acreditar que esse estado de espírito
depende mais do outro ou de factores externos, iremos continuar a
sentir frustração, desilusão, sofrimento.
Então,
para conseguirmos atingir aquilo que tanto se procura é começar por
nós.
Se
souberes quem és e o que queres para ti, é mais fácil chegar lá.
Vamos
descobrir o que é a felicidade para ti.
Sabes
como ela se manifesta? É importante definires em ti, como a desejas
viver.
Enquanto
acreditares que seres feliz depende de com quem vives, isso pode
continuar a ser falacioso, por que só tu podes saber o que te faz
feliz e partilhar com o outro. Conheces-te? Conheces o outro? Dás ao
outro o que queres para ti? Aceitas-te? E, ao outro? O outro quer o
mesmo do que tu? Acreditas que têm de ser iguais? Como acreditas que
uma relação a dois, uma amizade, deve ser vivida?
Todas
estas crenças, atitudes são determinantes para obteres aquilo que
chamas ”felicidade”. “Ninguém muda ninguém” - é um facto.
Se o outro é alguém que descobriste que estava somente na tua
mente, acreditas que conseguem caminhar na mesma sintonia? Quando
esperas do outro aquilo que ele nem sabe que é, achas que é uma boa
estratégia? Ou que o outro dê o que não tem ou sabe?
Quando
tens um emprego que te sufoca, acreditas que és feliz? Tens medo e
acreditas que é ilusão, poderes ter o trabalho que gostas? Achas
que aquele que faz o que gosta é “louco”? Tens medo de ser
empreendedor, por que te ensinaram que o seguro é melhor do que
arriscar, é isso?
Tantas
perguntas para reflectir.
As
respostas? Podemos encontrar algumas.
Como
foi referido, começa por sabermos quem somos, aceitarmo-nos, e
sabermos o que queremos para nós. Sem estas premissas é como não
ter alicerces num castelo.
A
minha perspectiva é a partilha que deixo.
Estar
feliz é um estado de espírito, uma atitude. Ao escolher estar
feliz, bem comigo própria, sei que o meu dia decorrerá conforme eu
gosto, sei que atraio pessoas simpáticas, afáveis e assertivas.
Nos
momentos em que isso não surge, costumo perguntar-me: o que há a
aprender?
Estando
atenta, e compreendendo o que o Universo me traz, ajuda-me a crescer
como ser. Aceitar incondicionalmente significa amar, seja a mim ou ao
outro. Ora, isso é uma atitude também, e dessa forma, determina o
meu comportamento.
Nos
dias em que estou mais frágil é relevante que eu aceite que está
tudo em harmonia e que isso pode ter uma função. Descobri-la faz
parte de me fazer feliz, por que coloco em prática o que acredito.
Se nada é acaso, então, qual a funcionalidade do que me surge?
Não
vivo sorte nem azar; vivo o que construo e surge na minha caminhada,
por acreditar que o Universo conspira a meu favor.
Ser
assertiva foi, e é, uma aprendizagem que nos traz muita paz. Deixar
de me preocupar e ter problemas, também.
Tudo
isto são ferramentas úteis para a “felicidade”.
Não
ser dogmática, e aprender a utilizar a informação, transformando-a
em conhecimento e com maturidade, em sabedoria. Não ter
expectativas. Todos os valores que me foram transmitidos não fazem
sentido, sempre parei e descobri outros. Fui ensinada a pensar, e
recebi muitas ferramentas e outras procurei. Essa busca é incessante
até hoje.
Acreditar
em mim e saber o meu valor (auto-estima), conhecer-me muito bem e
aceitar-me como sou. Tudo isso contribui para me sentir feliz.
Mesmo
quando o sol se esconde por trás de uma nuvem, há chuva e
relâmpagos, eu fico feliz porque sei que isso tudo faz parte de
processos naturais e que eu estou nesse processo natural.
Quando
“nuvens” sobrevoam, recolho-me e reflicto no que está em
desequilíbrio e encontro a serenidade.
Queres
dar-me a mão?
Nota:
O que é a “felicidade”?
Nas
suas origens é algo que se refere à produtividade. e que a mesma
seja fértil; que acaba por ser um sinónimo e ao mesmo tempo está
associado a boa disposição, a alegria, a tranquilidade, ao que nos
faz sentir bem. É dessa forma que todos associam o conceito de
“felicidade”, ao seu bem-estar, a momentos efusivos, objectivos
atingidos, sonhos realizados.
Do
latim, Felicitas,
“felicidade” de Felix,
“feliz”, “fértil”, “frutuoso” ; de um verbo grego Phyo,
“produzir”, que traz a conotação de “fecundo, produtivo”.
(http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/felicidade)
Também
podemos encontrar a definição de “felicidade” como um conjunto
de circunstâncias que causam ventura; também significa sorte, bom
êxito, o estado de uma pessoa feliz. Também pode revelar o estado
e/ou sentimentos que se sentem num ambiente próspero, tranquilo,
harmonioso. É expresso através de emoções que se transformam em
sentimentos, ou não. No entanto, também podemos observar a
felicidade como uma atitude, um estado de espírito, o que
corresponde a emoções positivas, efusivas.
Ana
Guerra
(escrita
sem Acordo Ortográfico)
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