A
criação…
Como
nasceste? Como nasceu tudo no planeta Terra?
Muitos
seres dedicam horas da sua caminhada a reflectir neste enigma.
Podemos
ver a criação como algo que tem o objectivo de encontrar respostas
que ultrapassam o conhecimento do ser humano. Assim como podemos ver
dentro de um determinado limite e as respostas serão mais tangíveis.
Ou
podemos, simplesmente, escolher visualizar qualquer criação e as
suas consequências.
A
criação vem duma semente, duma ideia, dum momento esplêndido, da
imaginação. Tem como resultado algo novo, diferente, produtivo,
evolutivo, representa crescimento.
Partindo
destes pressupostos, gostaria de partilhar contigo, o que representa,
para mim, criar.
É
tudo o que me faz sentir viva. Sem essa atitude, a minha caminhada
teria um perfume inodoro, insípido, incolor. Um tremendo vazio faria
parte do meu ser, a minha existência seria infrutífera.
Quando
incorporo essa roupagem, sinto que tudo é possível. Que a
transformação faz parte de todos os processos, sejam em mim sejam
no outro.
Criar
é sentir que sou única, que partilho a minha identidade, as minhas
capacidades. Valorizo-me cada vez que me permito viver essa entrega.
Faz
com que sinta vontade de partilhar esses momentos com todo o mundo,
levar-lhes a alegria, a felicidade, a aventura, a conquista, que vivo
quando escrevo, quando faço bricolage, quando faço uma peça de
roupa, qualquer peça de artesanato, um poema.
Criar
é sentir cada pedaço de mim. É saber que faço parte dum “espaço”
do qual faço parte e me faz agir como quando lá estou: criar! É
como que um renascer! Usar o poder que encerro.
Quando
termino algo, tenho o desejo de partilhar com os outros e que
descubram o maravilhoso que é entregar-se a si mesmo.
O
que mais me traz a criação?
A
partilha do que o outro cria. Descobrir que todos têm essa
capacidade e que isso pode mudar o planeta, os seres humanos podem
construir o que sonham e desejam.
A
frase que me inspirou a escrever, revela-me isso mesmo: que em cada
“semente” está o segredo do crescimento, da evolução, do AMOR!
O
que é a “semente”?
Um
sonho? O amor por outro ser? A construção de uma obra?
Aquilo
que está latente em ti e que ainda não te dedicaste a alimentar.
Direi
assim, o apelo do que sentes que te completará. Pode ser naquele
momento, como podem ser outras ocasiões, todos em que sentes que
algo muito teu, desabrocha, e pede para florescer.
Cada
um de nós, pode desenvolver o seu crescimento com esta atitude.
Acreditar que isso contribui para a evolução natural do planeta,
faz-me ter a força necessária para caminhar, e viver todos os
desafios que surgem.
Cada
apelo interno, ou externo, tem esta cor. Talvez por esse motivo,
sempre que crio, e vejo o que os seres humanos têm a capacidade de
criar, me faz sentir a alegria e a determinação de nunca desistir e
acreditar que podemos ir muito longe e que tudo é possível.
Cada
“semente” que somos, pode afluir para uma mil “florestas”.
Podem ser livros, casas para desalojados, poemas e música para
deleite e não só, recursos alternativos de saúde, prosperidade
comunitária, e tantas outras soluções que, sentimos com prazer,
são resplandecentes para todos.
Queres
descobrir a tua “semente”?
Ana
Guerra
escrita
sem acordo ortográfico
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