Ano 2019

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domingo, 24 de fevereiro de 2019

A Primavera em Ti!








A Primavera em Ti!


Conheces a Primavera como uma estação do ano. Fazes parte duma Natureza, por conseguinte, existe a Primavera dentro de ti. O que simboliza esta estação do ano? O renascimento, o semear, o florir, a alegria, o sol; que te faz sentir alegre, com motivação.
Ora bem, o que poderei partilhar contigo sobre as primaveras que tenho vivido?
As memórias que guardo sobre os desafios que vivi, observo-as com um olhar de aluna. Quando vivia com a preocupação, alguns dias desmotivada, outros em que me sentia frágil, tinha momentos em que temos vontade de desistir; tive, sempre, algo dentro de mim, que me ajudava: hoje estou frágil, contudo amanhã é outro dia, e outra coisa que me trazia força: saber que nunca estava sozinha.
Claro que cada um tem as suas crenças, atitudes, valores que ajudam ou não. O crucial é sentires-te em harmonia com eles e isso trazer-te o equilíbrio que procuras para te sentires feliz. Aprendi a ter orgulho em mim, a valorizar-me, a deixar de me justificar perante o outro, e todos os dias a fortalecer o foco em mim.
Sim, com certeza que é um desafio tremendo, escolher viver isto todos os dias. Porque faz com que te empenhes em ti, no que queres. Focar-me em mim, significa que preciso desenvolver a disciplina. Como faço isso? Posso escrever, meditar e organizar as tarefas a que me proponho.
Outra das transformações que vivi, foi despir de mim a culpa. Sim, ela foi-me transmitida e eu alimentei-a durante alguns anos, o que me dificultou acreditar em mim própria. Um dia, decidi que isso me fustigava demais, então comecei a trabalhar dentro de mim; descobri que era a criadora dessa culpa, exclusivamente. Isso fez com que aprendesse a ser responsável por mim, deixar de encontrar causas, razões que atribuía a algo exterior a mim (pessoas, situações) e consegui que ela deixasse de comandar os meus comportamentos, e fizesse parte das minhas emoções. Foi libertador.
Que mais transformações vivi? Deixei de me preocupar, confiando mais em mim e na frequência com o Universo. Descobri que ao focar-me nas soluções, mais rapidamente os desafios eram vencidos; muitas vezes, fui surpreendida por resoluções que nem tinha pensado. Passei a acreditar que no dia-a-dia acontecem milagres e que aquele conceito de milagre, algo deslumbrante e inacessível, afinal não era real. Concluindo: também podemos fazer parte de milagres, em que participamos com a nossa energia.
Durante muitos anos escrevi um diário, e essa aventura trouxe-me a descoberta do quanto é maravilhoso conversarmos connosco próprios. Além de me ajudar na escrita (pois adoro escrever) isso fortaleceu a minha capacidade como ser sensitivo (mediunidade, para alguns) e muitas vezes, surgiram-me pensamentos que vislumbrei que não seriam meus, e como intuição, fui usando cada vez mais. Posso partilhar contigo, que nos últimos anos compreendi que a intuição está nas mais pequenas e simples coisas, e que nem tudo o que acontece com um rosto de desagradável o é, se parar e perguntar-me: o que tenho a aprender com isto que aconteceu?
Fico muitas vezes surpreendida com o facto de dar por mim a verificar que até quando vou às compras, “escuto”: compra pão, quando nem me lembrava. Não tenho necessidade de saber quem, ou como, chegam até mim determinados “pensamentos”, e, sim o quanto eles me ajudam a sentir-me mais confiante e segura comigo mesma.
Outro novo hábito, que associei a este ser que tem Primaveras em si, é de agradecer o que me ajuda a viver. O cliente que chega sem ser esperado; a solução àquele desafio; o facto de ter o que comer, todos os dias; ter os instrumentos para fazer o que gosto, e mencionar outras coisas, seria imenso descrever tudo o que faz parte da minha vida.
Somos criaturas de hábitos, e isso recorda-me a Primavera que utilizo quando páro e quebro algumas rotinas, que podem levar-me à zona de conforto e que me trazem insatisfação. Por natureza reajo a algum tipo de rotina, o que condiz com a criatividade e imaginação que fazem parte do meu ser. Contudo, enquanto ser humano, claro que tenho hábitos; por um lado, é positivo, por outro criei um “censor” que me avisa quando algumas rotinas fazem com que permaneça no mesmo lugar. Costumo respeitar os meus ritmos e isso ensinou-me a escutar o meu organismo. Parar faz parte do hábito de escrever no diário, e escutar os meus pensamentos. Se eles me ajudam ou nem por isso.
Um dia recebi uma mensagem de que somos os jardineiros do Jardim que é a nossa vida. Isso faz-me ter o hábito de cuidar de mim para mim, contudo também ter consciência que nada é permanente, tudo se transforma. Perguntar-me como é que isso me beneficia, é outro hábito que adquiri. Alguns valores com que cresci, mudei para outros. Sim, não é difícil para mim, uma vez que fui ensinada a pensar por mim, a questionar, nem sempre concordo com regras que nos desejam impor.
Ah, uma atitude que solidifiquei em mim, foi acordar bem disposta. Na generalidade é esse o meu estado de espírito ao despertar (durmo bem, sem pesadelos ou dificuldades), contudo poderemos receber, ou criar, estímulos de modo a que a nossa emoção mude. Adoptei esta atitude: escolho como quero estar; isso faz com que veja o mundo ao meu redor de forma a sentir-me bem comigo, aconteça o que acontecer.
Perguntas-me: não te chateias, irritas ou… Hoje em dia, raramente, contudo mesmo que essas emoções aflorem, posso escolher continuar a senti-las ou não. Não se trata de controlar emoções (isso não é possível, pelo facto de elas serem automáticas), todavia, posso escolher continuar a sentir algo, ou não. Se me desagrada, eu transformo isso de modo a sentir-me em harmonia. Sim, umas vezes pode ser mais árduo, no entanto, é possível.
A minha dádiva primaveril, uma vez que a frase que este mês serviu de mote, é: “Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.” - Cecília Meireles, é permitires-te experimentar conheceres-te, focares-te em ti e no que queres. Sermos feitos de energia, faz com que as leis da física funcionem e que podes colocaá-las em prática. És um emissor e um receptor.
Como partilhei, um dia destes: Os sorrisos partilham a alegria da Tua foçra!
Ana Guerra
(escrita sem acordo ortográfico)

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