CAMINHO PARA O REENCONTRO - SIMPLICIDADE
Quando procuramos respostas para as nossas dúvidas, porque escolhemos a
mudança, investimos na nossa transformação, por acreditarmos que ser um ser melhor
é possível... procuramos nas partilhas dos outros, algo que se encontre
connosco, sentindo aquilo que nos transmitem sobre o que é a nossa intuição,
escutar o coração, etc.
Como distinguir quando é a nossa mente, ou o nosso coração, que “fala” connosco?
É uma aprendizagem diária, que não vem em qualquer livro. Aprendermos a
escutarmo-nos é um desafio.
Como aprendi a fazê-lo? Compreendendo que existe um EGO, dentro de nós
(este conceito de EGO não tem o mesmo significado do conceito, que Freud nos trouxe),
que nos faz acreditar que precisamos de
muitas coisas. Que precisamos dos outros para ser feliz, por ex; que são os
outros que nos magoam; que somos vítimas, etc. Ele usa o conhecimento, que
advém das aprendizagens (valores, princípios, referências, modelos)
conduzindo-nos. É uma tarefa subtil distinguir quando é o Ego que nos
direcciona, ou quando é o nosso coração (intuição).
Ao crescermos, ensinaram-nos que devemos pensar em nós, ser determinados,
ambiciosos; que para termos o amor dos outros, devemos portar-nos bem e
correctamente, devemos dar. Todas estes valores, e muitos outros, estão
guardados na nossa mente. Sempre que existe um acontecimento, que nos “exige”
uma reacção, um comportamento, é usado todo esse manancial de informação
guardada. Muitas vezes descobrimos que a mesma não nos auxilia, trazendo
sofrimento, ou mesmo algum conflito connosco, e até com os outros.
O texto adicionado a esta minha partilha, fala-nos, exactamente, da forma
como podemos descobrir a nossa essência, direi o nosso EU, reencontrando-nos.
No que diz respeito a comportamentos (pensamento é comportamento) sabemos
que os hábitos são comportamentos automáticos (foram memorizados, de tal forma
que é suficiente um determinado estímulo para que sejam executados). O processo
de aprendizagem começa por identificar os comportamentos, que não nos ajudam.
Também me costumam perguntar como se aprende a distinguir os que queremos
manter, e os que não queremos. É um trabalho feito, geralmente, em conjunto com
um terapeuta.
Deixo-vos o texto para que possais identificarem-se com os momentos em que
se sentiram a flutuar.
Quaisquer questões, podeis colocá-las neste espaço. As respostas são
personalizadas se preferirem; senão, coloquem, aqui mesmo o que gostariam de
ver esclarecido, tenha ou não relação com este mesmo tema.
SIMPLICIDADE
“Lembra-te como apareceu o último
arco-íris, com pariu aquela ovelha no curral, como chorava o
teu irmão
mais pequeno...
Recorda
e abre o teu coração,
encontra a tua espontânea e natural simplicidade para que
os teus pensamentos, emoções
e actos não
sejam complicados nem retorcidos.
Devolve
tua vida a confiança e esta começará
a ter sentido. O sorriso chegará
mais fundo no teu coração
e as tuas ideias serão
também mais bonitas, como o brotar de uma flor ou o
vôo de uma borboleta...
Reflexões
Embora
pareça uma contradição, é difícil falar de Simplicidade, e também não é fácil expressar com palavras um amanhecer ou um pôr do sol dando
entrada na noite, ou tentar descrever o crescimento de uma erva...
O
ser humano esqueceu muito depressa a naturalidade e a espontaneidade que de
pequeno o fez expressar livre e sem preconceitos tudo aquilo que precisava.
Substituíste a naturalidade pela dúvida, pelo preconceito, pelo medo e
pela insegurança; convertendo o que era natural em algo complicado,
retorcido e sem sentido.
Ao
leres esta mensagem procura recordar a tua inocência, a tua spontânea
naturalidade de criança e faz um esforço para recuperá-la. Deixa o medo ou a vergonha para
outra ocasião e
começa a expressar-te tal como és, sem te preocupares se está correcto ou se irá surpreender os outros.
Ao
comportares-te com Simplicidade na tua vida diária, esta também se transformará, tornando-se agradável e
suave.
Aprende
a não ser complicado, aprende a estudar o
teu coração e a
deixá-lo em liberdade. Deixa que os teus
pensamentos se espressem livres e com criatividade, limpa tudo aquilo que te
paralisa ou te impede.
O
coração não engana e a mente está cheia
de defesas automáticas em
relação ao medo, á dor, á tristeza... Defende-se e aconselha-te seguindo esquemas que já não são válidos.
Aprende
a ser simples e a tua vida também será
simples.”
Marta
Cabeza - “Dia-a-dia com os Anjos”
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